No meio desse cáos
No meio dessa bagunça gigante
Cruel, feiosa, barulhenta
Essa bagunça de tico duro
De homens carregando malas de dinheiro
coçando o saco de pentelhos grisalhos
Rindo, indo ver as amantes siliconadas,
botoxadas
Sobrevoando as Marielles, os Amarildos, os
Paulos
Em seus jatinhos particulares pagos por
algum empresário sem nome
Pisoteando o povão
Que não sabe de nada
Que é bandido
Que vende droga
Que merece ser estuprado
Que gosta de apanhar
Que é silenciado, se gritar
Que leva tiro, se abrir a boca
Que paga paga paga há 500 anos
Que pagará pagara pagará até quando?
No meio desse cáos
No meio dessa bagunça gigante
Cruel, feiosa, barulhenta
Alguém sabe onde?
Onde começar?
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