Sujeira na calçada.
Esperança atropelada pelos tufos da vida.
Vida que te dói a cada batida do teu coração.
O chão do caminho torto que tentas seguir às vezes
parece te sacudir de propósito para se livrar de ti
— que tanto tentas, tanto te esforças
e pareces usar toda essa força que ainda te resta para ver
se chegas a algum lugar.
Nem que seja assim,
bem devagar, mas indo em frente,
até de repente perceber que
estás andando em círculos,
o caminho torto virando uma espiral
cheia de borboletas podres,
despedaçadas,
pisoteadas,
esmagadas,
mortas.
Mortas que nem tu.
Caminho fatal
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