Subo. Desco. Atravesso. Aflita. Atormentada.
Carga nas costas, frio nos pés sujos.
Olho. Pros lados. Pra frente. Pra trás.
Passa ele - o monstro.
Bufando. Berrando. Gemendo.
Carregando em sua barriga dezenas de carnes suadas com olhares apáticos. Ele passa e seu berro me ensurdece. Corrói meu cérebro e paralisa até meu último neuronio amedrontado. Meu coração dispara, como se quisesse sair correndo. Não posso. Grandes figuras prateadas com cabeças iluminadas de sangue mandam eu parar. Se eu desobedecer, virarei outro pedaço de carne ensanguentado, como muitos que já vi por aí. O monstro segue seu rumo conhecido. Seu berro se afasta, respiro alívio. O céu está irritado hoje e começa a cuspir em mim, como se a culpa da fumaça preta fosse minha! O céu não perdoa e manda o vento me pegar. Me sacode sacode sacode e leva minha sombrinha, com quem andava no escuro do dia fugindo dos monstros e cuspes.
Subo. Desco. Atravesso. Aflita. Atormentada. Cansada.
hahahaha... ADOREI!!!! Sampa e a vida perto da Arcoverde...
ReplyDelete