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Saturday, 5 November 2011

A última macaquinha da ilha



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Era uma vez uma linda ilha no sul do pacífico, cheia de flores e frutas, onde pássaros e borboletas coloriam o céu, que era tão azul quanto a água do mar. A praia era extensa e de uma areia tão fininha e branca, que parecia neve. Lá, a vegetação era tão verde e abundante e o clima era tão agradável, que realmente era uma pena ninguém conhecer essa ílha paradisíaca.

Em meio a esse paraíso vivia uma macaquinha cxhamada Rúbia. Ela era muito curiosa e sapeca e andava pela ilha toda atrás de comida. Não faltava comida para essa macaquinha, uma vez que havia cocos, bananas, mangas, sementes e água em abundancia. A água vinha de um rio cristalino, onde ela costumava brincar com os peixinhos prateados. Até hoje ninguém sabe como Rúbia foi parar nessa ilha, fato é que ela era a única macaca lá. A ilha fornecia tudo que ela precisava e ela tinha muitos amigos como os peixinhos, os pássaros e principalmente o tartarugo Vici. Vici sabia nadar melhor que todas as outras tartarugas e sempre contava a Rúbia de suas aventuras no oceano.

Um dia Rúbia cansou-se de ser a única macaca da ilha. Ela queria tanto ter outros macacos perto dela - eles podiam brincar juntos, subir em árvores, balançar nos galhos dos coqueiros - coisas que Vici jamais poderia fazer. Ela decidiu sair da ilha e procurar outros macacos como ela - macacos baixinhos, cinzas, com a cabeça preta e uma mancha vermelha em cada perna.
Vici tinha ido viajar e Rúbia aproveitou para colocar seu plano em prática - com um tronco oco de um coqueiro velho a macaquinha foi até o mar. Afinal, não podia ser tão difícil sair dalí, né? Com muitos cocos a bordo e muita motivação a macaquinha foi em direção ao horizonte - levada pela correnteza e pelas ondas. Em algum lugar atrás do horizonte havia de ter outros macacos! Ela comia tres cocos por dia e aguardava ansiosamente chegar em algum lugar.

No terceiro dia Rubia acordou assustada, fortes ondas jogavam seu “barco” de um lado para o outro. Ela ficou com muito medo, pois não sabia nadar. O que faria se caísse na água? Os cocos que havia levado com ela começaram a cair no mar e as ondas estavam cada vez mais fortes, molhando ela. Uma onda bateu tão forte em Rúbia que ela ficou tonta por alguns instantes. “Rúbia! Rúbia! O que voce está fazendo aqui, macaquinha?” Aliviada a macaquinha viu Vici vindo em sua direção. Vici vinha rápido com muitas outras tartarugas. Eles cercaram o “barco” de Rúbia para que ela não caísse no mar. Ainda um pouco assustada Rubia explicou a Vivi porque tinha deixado a ilha. Ele não gostou muito, mas entendeu a situação e prometeu ajudá-la. As outras tartarugas partiram e Vici permaneceu com Rúbia em alto mar.

No quarto dia Rúbia estava quase morta de fome, pois não tinha sobrado nenhum coco para ela comer. Sem comer ela não chegaria muito longe. Seu fiel amigo Vici, que era muito viajado e experiente (tartarugas vivem mais de cem anos!), trouxe a solução do fundo do mar: algas! Deliciosas algas fresquinhas, verdinhas e saborosas. Rubia adorou e passou comendo algas pelo resto da viagem.

No sétimo dia Rúbia acordou e ficou muito faceira. Eles haviam chegado a uma ilha! Para surpresa de Vici, ele nunca tinha visto essa ilha antes. Os amigos se aproximaram rapidamente e logo avistaram no alto dos morros muitos macacos iguaizinhos à Rúbia. Essa ilha era muito bonita, mas parecia bem mais selvagem e perigosa. A praia era rochosa e todas as plantas tinham espinhos grandes. Muitos espinhos! Não tinha como chegar à floresta, onde estavam os macacos, pois havia muitas dessas plantas entre a praia rochosa e as arvores no alto do morro. Rúbia tinha viajado tão longe e estava decidida a encontrar os outros macacos! Determinada, ela atravessou as rochas e tentou passar por cima da vegetação rasa e espinhenta. Conseguiu dar tres passos, gemeu de dor, deu mais tres passos e seus pés começaram a sangrar muito. No sétimo passo, Rúbia caiu e começou a chorar: “ Eu cheguei até aqui! Estou vendo os macacos lá no alto...mas essas plantas crueis não permitem que eu siga!”.

Vici, como sempre, teve uma solução. Ele chamou com um chamado que só tartarugas entendem (nem as baleias entendiam o que Vici estava dizendo no fundo do mar) um de seus amigos mais velhos e mais cascudos do oceano. O amigo veio rapidamente e seguiu as instruções: segurou-se em um dos pés de Rúbia, enquanto Vici segurava o outro. Com seus grossos cascos protejendo os pés, a nossa macaquinha curiosa conseguiu atravessar todas as rochas cortantes e plantas espinhentas!

Chegou à floresta, pegou um tartarugo com cada mão e foi ao encontro dos macacos cinzas. Estes ficaram muito curiosos com a história de Rúbia e receberam ela e seus amigos tartarugos com uma grande festa. Vici até gostou de comer as bananas doces e suculentas oferecidas pelos macacos. Nessa festa tinha um macaquinho sapeca e curioso, chamado Petri, que adorou brincar com Rúbia nos altos dos coqueiros e que tinha as manchas vermelhas mais bonitas de todos os macacos. Quando os macacos ouviram que na ilha de Rúbia não tinha rochas cortantes, plantas espinhentas, nem mosquitos e cobras, resolveram todos ir morar lá.

Vici chamou todas as tartarugas do oceano para levarem os macacos de volta à ilha paradisíaca. Lá, os macacos brincavam na areia que parecia neve, subiam nos lindos coqueiros, pulavam de galho em galho. As tartarugas traziam algas fresquinhas do mar e se deliciavam com as doces bananas que recebiam em troca. Rúbia nunca mais se sentiu sozinha, pois tinha muitos macacos na ilha - e o preferido dela, Petri, não saia de seu lado.
Assim viveram felizes, e se não morreram, ainda estão lá - juntos na ilha paradisíaca.

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